Aeronaves deterioradas começam a ser desmontadas em Congonhas.


Avaliado como o terminal mais congestionado e saturado do país, o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, foi o primeiro a ter aeronaves-sucata desmontadas nesta terça-feira (23). Ao todo, nove aviões – sete Boeings 737-200 e dois Airbus A-300 – da falida Vasp serão removidos para liberar um espaço de 170 mil metros quadrados que ocupam há seis anos.
A iniciativa faz parte do programa Espaço Livre, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e outros órgãos como Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ministério Público e Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). De acordo com a Infraero, no país ainda existem 117 aviões deteriorados, sem condições de voo, que serão leiloados assim como os que estão em Congonhas. No terminal de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), o mais importante do Brasil, existem seis aviões-sucata a serem removidos.
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, informou que todos devem ser retirados até 2013 em cerca de 25 aeroportos do Brasil. A ideia é ter espaço livre para 2014, ano da Copa do Mundo. “O Aeroporto de Congonhas é o espaço mais caro, completamente saturado em seu espaço físico”, disse Vale. De acordo com ele, os 130 mil metros quadrados liberados com a retirada dos nove aviões em Congonhas serão usados para manobras e estacionamento de outras aeronaves.
Vale disse que, se não houver comprador para os aviões velhos, avaliados em média em R$ 35 mil, a própria Infraero irá adquiri-los. “Se não houver arrematador, vamos arrematar. Para a Infraero, vale pagar qualquer coisa para retirar essas aeronaves”, afirmou.
Ele afirmou ainda que a despesa para manter os aviões-sucata em Congonhas é muito grande. Ele estimou em R$ 100 mil mensais para cada aeronave o custo de deixá-las paradas no pátio. Como são nove aviões, o aeroporto deixa de receber, com aluguéis e taxas, R$ 900 mil por mês. “A prioridade é tirar todas as aeronaves de Congonhas, que é o mais congestionado”, disse a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça.

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