Os times argentinos dão aula quando possuem vantagem em um
confronto de mata-mata em competições internacionais. Com a derrota para o
Newell’s Old Boys, por 2 a 0, na primeira partida da semifinal da Libertadores,
o Atlético-MG terá de enfrentar provocação, catimba e dupla de ataque afinada
para conseguir reverter o difícil quadro e se classificar para a final da
competição continental, hoje, às 21h50, no Independência.
Além de precisar reverter a vantagem do adversário e vencer por diferença
superior a dois gols, o Atlético encontrará uma velha cartilha dos times
argentinos quando estão em vantagem nos confrontos, principalmente contra
brasileiros.
Um dos pontos que mais preocupam ao Atlético é a provocação dos atletas do
Newell’s durante o jogo. Os jogadores atleticanos esperam um adversário
provocador e propenso a fazer o jogo ficar morno e assim tirar a pressão, que
normalmente, o clube mineiro exerce em cima dos adversários no Independência.
A pressão atleticana se inicia já no primeiro tempo, quando o time parte para o
ataque e pressiona a saída de bola adversária, fazendo um abafa. Os atleticanos
sabem, porém, que o Newell’s tentará atrapalhar a tática do time mineiro de
várias formas, com faltas para parar o jogo, demora na cobrança de escanteios e
laterais, além de reclamações.
“O futebol argentino tem este estilo, gosta de segurar o resultado, usa as
armas que tem. Não vai ser diferente nesta quarta, eles vão segurar, demorar,
para não deixar a pressão da arquibancada inflamar o time. Eles são mestres
para fazer isso”, disse o técnico Cuca. A catimba argentina também faz
parte da cartilha de preocupações. A tentativa do Newell’s será esfriar os
ânimos do torcedor, do time e do jogo. “A gente sabe que eles são argentinos,
vão querer amarrar o jogo, catimbar, eles sabem fazer bem isso, gostam, mas a
gente tem de ir para cima, atacar, mas não podemos levar, pois aí complica
tudo, temos de ter a consciência tática, saber que tem de atacar, mas não pode
levar”, afirmou o atacante Jô.
Cuca já conversou com o elenco atleticano e reiterou a necessidade do Atlético
não cair na pilha dos adversários e deixar a partida cair para o lado faltoso e
truncado, situação que não favorece ao time mineiro, que precisa buscar o
resultado. Se vencer por 2 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis. Além do
aspecto psicológico, a preocupação com a dupla Scocco e Maxi Rodriguez é
grande. Os velocistas serão armas importantes do time argentino, para
surpreender no contra-ataque e procurar fazer um gol, situação que deixaria o
Atlético ainda mais longe da classificação.
Cuca estuda a dupla e promete passar momentos de Scocco e Rodriguez no primeiro
duelo contra o Atlético para que o time consiga marcar melhor os atacantes, que
fizeram a diferença na partida em Rosário. O sistema defensivo atleticano
preocupa o comandante, que pretende arrumar a marcação para deixar o ataque
resolver a seu favor a classificação.
Jornal Deuberaba
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