Pobreza extrema deve ser motivada também por degradação do planeta |
O Relatório Econômico Social 2013, elaborado pelo Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU),
divulgado nesta terça-feira (2), alerta que o número de pessoas que vivem em
situação de pobreza pode triplicar e atingir a marca de 3 bilhões até 2050.
A entidade defende que intensifiquem as medidas fixadas nos Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio, que incluem esforços para a melhoria dos serviços de saúde e ampliação da produção de alimentos.
A entidade defende que intensifiquem as medidas fixadas nos Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio, que incluem esforços para a melhoria dos serviços de saúde e ampliação da produção de alimentos.
O estudo diz ainda que há cerca de 1 bilhão de pessoas
morando em bairros que não têm infraestrutura mínima: água potável, saneamento,
eletricidade, serviços básicos de saúde e educação. A estimativa de atingir 3
bilhões, em 2050, deve acontecer caso não sejam adotadas medidas para a
melhoria da qualidade de vida.
O secretário-geral adjunto do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social, Shamshad Ajtar, destacou que a chave para a erradicação da
pobreza é “o desenvolvimento sustentável”. Ele acrescentou que “não é aceitável
que a fome e a má nutrição, embora diminuindo nos países em desenvolvimento,
permaneça persistentemente em tantos outros. É necessário promover um enfoque
completo para alcançar as metas de desenvolvimento”, disse.
Os técnicos responsáveis pelo relatório estimam que a
produção de alimentos terá de aumentar cerca de 70%, em escala mundial, para
garantir alimento às pessoas. A estimativa é que até 2050 a população atinja 9
bilhões de pessoas, das quais 6.2 milhões viverão em cidades.
Em 2005, foram fixados os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio: a erradicação da extrema pobreza e da fome, reduzindo pela metade,
entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a US$ 1 por dia
e a proporção da população que sofre de fome; atingir o ensino básico
universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; e
reduzir a mortalidade infantil. Além dessas metas, também foram estabelecidas a
melhoria da saúde materna; o combate ao HIV/Aids, à malária e outras doenças; a
garantia à sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para
o desenvolvimento.
verdadegospel
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