Os quase quatro mil funcionários dos Correios em Pernambuco deverão
entrar em greve às 0h desta sexta-feira. Os trabalhadores se reúnem às
19h desta quinta-feira para decidir os rumos da paralisação. O
secretário geral do Sindicato do Trabalhadores dos Correios e Telégrafos
de Pernambuco (Sintect-PE), Alison Tenório, explica que vai ser
apresentado à categoria o andamento das negociações durante a
assembleia, que acontece na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro,
no Recife.
Entre as reivindicações, os funcionários pedem
reajuste o aumento do piso salarial da categoria de R$ 1 mil para R$ 1,4
mil e um ganho real de R$ 200 para os demais salários e a manutenção do
atual convênio médico. "As negociações não estao andando. Os Correios
nos ofereceram um aumento de 5%, menor do que a inflação. Além disso,
querem tercerizar o serviço de saúde, o que vai comprometer a qualidade
do atendimento", ressalta Tenório.Segundo ele, três estados já paralizaram suas atividades na manhã desta quinta-feira: São Paulo, Rio de Janeiro e Tocantins, o que representa uma perda de fluxo de entregas de 70%. "Só São Paulo posta 55% de todas as mercadorias do Brasil. Quando eles param, atrasa o serviço em todos os estados." Na tarde desta sexta-feira, após a decisão da assembleia, os sindicalistas farão um piquete e uma reunião informativa na frente da central do órgão em Pernambuco, que fica na Avenida Guararapes, às 16h. "Queremos mobilizar 90% dos funcionários", ressalta o secretário geral do sindicato.
Em nota, a assessoria de imprensa dos Correios afirma que a proposta feita pela empresa prevê a manutenção da assistência médico/hospitalar/odontológica nos termos da cláusula 11, constante do acórdão vigente. "A criação de uma operadora de saúde não resultará em nenhuma alteração no plano CorreiosSaúde, sendo garantidas as atuais condições do plano de saúde tais como: cobertura de serviços, percentual de compartilhamento, forma de pagamento e abrangência geográfica. A garantia da manutenção das condições do CorreiosSaúde é regulamentada pela Agência Nacional de Saúde (ANS)", diz o texto.
fonte : Diário de PE
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