De acordo com a pesquisa publicada esta
semana pelo Instituto de Pesquisas Religiosas do Grupo Barna, as guerras
em andamento e a ameaça de invasão militar estrangeira na Síria tem
mexido com a percepção sobre a proximidade do fim do mundo.
Cerca de 41% dos norte-americanos
acreditam que o mundo já está vivendo os acontecimentos previsto pela
Bíblia sobre o fim dos tempos. O índice é maior (77%) entre os membros
de igrejas mais contemporâneas, que não fazem parte das denominações
seculares. Entre os protestantes mais tradicionais é de apenas 54%.
O Grupo Barna diz que usou métodos
científicos de pesquisa por amostragem, com um nível de confiança de
95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pergunta feita aos entrevistados era: “Você, pessoalmente, acredita
que o mundo está vivendo atualmente o “fim dos tempos”, conforme
descrito por profecias na Bíblia?”. Depois, era questionado qual era a
sua afiliação religiosa. Os católicos mostraram uma posição diferente,
com 73% dizendo que não acreditava.
O teólogo James F. Fitzgerald,
especializado no estudo de profecias, comentou os resultados para a
revista evangélica Charisma. “Até eu fiquei surpreso com os resultados,
os percentuais são maiores do que eu podia imaginar”, diz ele que acaba
de lançar o livro “Startling Evidence the Endtimes Have Begun”
[Evidências assustadoras que o final dos tempos já começou] sobre o
assunto.
“Quando comecei a escrever, não tinha
certeza que as pessoas o considerariam útil ou se estariam interessadas.
Mas esta pesquisa é totalmente interessante, e sei que existe mais
abertura para a mensagem do meu livro que eu imaginava. Demorei sete
anos pesquisando e escrevendo para publicar agora”. Ele usa como ponto
de partida as mudanças ocorridas no mundo após os atentados de 11 de
setembro de 2001, que resultaram em guerras no Iraque e no Afeganistão.
Concomitantemente, o jornal secular USA
Today começou a publicar em 9 de setembro uma série de matérias sobre as
perspectivas políticas de um ataque americano à Síria. Entre os
entrevistados estão teólogos, que apontam para vários trechos das
Escrituras. Nos dias seguintes, o USA Today apresentou um levantamento
feito sobre a venda de material religioso e aponto que ocorreu um
aumentado nas últimas semanas, desde que aumentou a tensão na Síria e no
Egito.
Divulgou ainda que entre os católicos há
um crescente interesse sobre o assunto por causa do filme “’The
Triumph’. Trata-se de um documentário sobre as profecias de uma
perspectiva católica romana, abordando ainda as mudanças no Vaticano.
Entrevistado pelo jornal, o teólogo Tom
Lombardo ressaltou que é preciso ser cuidadoso. Segundo ele, um número
crescente de pastores começaram a pregar que o mundo já está passando
pela ‘Grande Tribulação’, evento predito pelo Livro de Apocalipse.
Lombardo lembra que crises políticas
influenciam a percepção das pessoas. Ele lembra que em 1844, milhares de
evangélicos se prepararam e anunciaram o fim do mundo naquele ano. O
evento acabou conhecido como o “Dia do Grande Desapontamento”. Um
movimento liderado pelo pastor Herbert W. Armstrong faz algo similar no
final da década de 1930, quando se desenhava o cenário que resultou na
2ª Guerra Mundial. A restauração do Estado de Israel, em 1948, criou
frenesi entre os teólogos, influenciando Harry Truman, presidente dos
EUA na época e conhecido pela sua fé na Bíblia.
Paige Patterson, presidente do
Southwestern, um dos mais influentes seminários do mundo, está
igualmente cauteloso. Ele enfatiza que o estudo das profecias é
importante para os cristãos, mas adverte: “Um erro comum que os cristãos
cometem é tentar estabelecer um calendário… pois se falhar as pessoas
podem se expor ao ridículo… Mas conhecer o que dizem as profecias do
final dos tempos ajuda o cristãos a não temer certos acontecimentos e
não esquecer que Cristo terá a vitória no final”.
fonte : TCP
Nenhum comentário:
Postar um comentário