Pacientes eram obrigados a comer toco de cigarro em clínicas fechadas em Goiás, diz polícia .



A maioria dos 75 pacientes de duas clínicas de recuperação de dependentes químicos fechadas nessa terça-feira (11) em Anápolis (55 km de Goiânia) já reencontraram seus familiares. Os demais, que são de outros Estados ou cidades mais distantes, aguardam no abrigo municipal.

Eles foram resgatados pela Polícia Civil em condições desumanas. As vítimas sofriam maus-tratos nos locais, que cobravam até R$ 8.000 mensais pela internação. A polícia só soube das condições de tratamento nas clínicas depois de receber denúncias de dois internos que conseguiram fugir. 
Com a ajuda de um policial, que se passou por parente de um dependente interessado nos serviços e repassou os detalhes das atividades, foi deflagrada a "Operação Resgate". Na unidade do bairro Arco Verde, os agentes do 6º Distrito Policial encontraram 40 homens e 15 mulheres. Na outra casa, localizada no bairro Jardim das Oliveiras, estavam 20 internos.
De acordo com o delegado da Polícia Civil responsável pela operação, Manoel Vanderic, os internos chegava a ser enterrados, ficando apenas com a cabeça para fora. "Até toco de cigarro eles eram obrigados a comer", disse. Ele ainda relatou que as mulheres eram jogadas nuas em piscinas durante a madrugada e amarradas nas cercas da instituição.
Vanderic explicou que os internos não poderiam ser encaminhados para outras instituições, pois todas as internações eram ilegais. Ele não soube precisar o número de pessoas que ainda aguardam a família, já que a rotatividade é muito grande.

Um dos pacientes contou à polícia que agressões verbais, psicológicas e físicas eram comuns. "Eles davam tiros com pedras de sal, que eram colocados em uma arma de pressão e disparados contra nós."

Uol Notícias ...



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